Big Data e Propriedade Intelectual – Algumas reflexões

Inovações em modelos de negócio e tecnologias frequentemente trazem à tona discussões sobre a Propriedade Intelectual. Como exemplo, em 2016 houveram muitas discussões sobre a gestão de PI no contexto da impressão 3D.

Outro tema em voga em 2016 (e, possivelmente em 2017 e nos próximos anos) é a gestão da Propriedade Intelectual no contexto de Big Data. Quem ainda não entendeu bem o que significa, eu achei a descrição feita no Wikipédia em português muito boa.

Big Data já tem sido também uma ferramenta importante para instituições que trabalham com inovação. Uma tendência é a união entre dados privados e públicos, através de sistemas cada vez mais inteligentes e complexos, gerando maior confiabilidade e abrangência das informações. Com isso, alguns profissionais da área de patentes e propriedade intelectual vêm se tornando verdadeiros cientistas de grandes bancos de dados, cruzando informações de bases internacionais, seja através de sistema públicos ou privados.

Temos vivenciado isso na PRIS com a incorporação da base de dados do INPI aos nossos sistemas de gestão de PI , o que permite um monitoramento tecnológico e de mercado bem estruturado e automatizado. Inclusive, eu havia escrito sobre monitoramento de patentes nesse outro post.
Essas mudanças têm mudado a perspectiva de alguns profissionais sobre o tema. Enquanto alguns fazem previsões apocalípticas, defendendo que o futuro é a extinção do tema em uma economia colaborativa, muito em linha com iniciativas como a da Creative Commons, outros defendem que o tema Propriedade Intelectual vai se tornar cada vez mais central para aquelas empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento. Na minha opinião os dois pontos de vista têm uma parcela de razão. O caminho que cada instituição vai tomar depende muito de como a estratégia de Propriedade Intelectual está relacionada com a estratégia da instituição como um todo.

Fonte: Terra