Empresa registra patente de pulseira para rastrear funcionários e cria polêmica

Projeto é apontado pela empresa como uma maneira de economizar tempo, mas é criticado por ultrapassar limites da relação de patrões e funcionários

 

A Amazon patentetou o modelo de uma pulseira eletrônica para aumentar a produtividade e otimizar o desempenho de seus funcionários. De acordo com informações do site Geekwire , o protótipo da empresa permite monitorar com precisão onde os trabalhadores colocam as mãos, vibrando para orientá-los na direção certa, ou seja, controlando todos os movimentos feitos pelos funcionários.

O produto poderá transmitir todos os dados de pedidos feitos pelo computador para o pulso do empregado. Arquivada em 2016, a patente da Amazon foi reconhecida na última terça-feira (30) e também propõe o uso de dispositivos ao redor do estoque e um módulo responsável por “supervisionar” o local. A pulseira é capaz de enviar sinais para outros dispositivos para identificar com qual compartimento de entregas o funcionário está ocupado. 

Apesar de ser descrito como um sistema de economia de tempo, o projeto tem sido criticado por ultrapassar os limites da relação entre empresa e funcionário. Como lembra o site The Verge , a Amazon já foi acusada de manter trabalhadores em condições inadequadas, com medidas como tempo cronometrado para idas ao banheiro e para pacotes empacotados por hora e cargas de 55 horas semanais.

Vale destacar que a patente não significa que a empresa tornará o projeto realidade. Em muitas situações, os planos das empresas nem saem do papel. No entanto, o registro indica um dos caminhos que a gigante do comércio pode seguir para aumentar a produtividade. Em 2017, a  companhia registrou outra patente para desenvolvier uma torre gigante no formato de uma colmeia.

Segundo o projeto da Amazon, o espaço serviria como uma central onde drones chegariam e sairiam para realizar entregas em áreas urbanas. Entre os desenhos das construções presentes no projeto, está um prédio semelhante a um cilindro com vários espaços para a entrada e a saída dos drones. A área térrea prevê, ainda, a criação de garagens para entregas realizadas por meio de caminhões.

Fonte: Economia – iG