INPI leva estudantes para seminário sobre ciência e tecnologia no Museu do Amanhã

Como parte das comemorações do mês da PI, o INPI levou, no dia 11 de abril, estudantes de ensino médio, universitários e pós-graduandos ao “#Ciência para o Amanhã: Seminário Caminhos da Ciência, Tecnologia e Inovação para a Juventude”, realizado pelo Museu do Amanhã e pela Fundação Roberto Marinho, com patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O evento teve o objetivo de inspirar novos inventores a partir do compartilhamento da experiência de jovens cientistas. Eles contaram como levaram adiante suas ideias inovadoras, para resolver questões do dia a dia de suas comunidades, apenas com o apoio de familiares e de alguns professores, lutando contra toda a sorte de dificuldades e a falta de investimento.

A abertura do seminário contou com Henrique Oliveira, diretor executivo do IDG – Instituto de Desenvolvimento, responsável pela gestão do Museu do Amanhã; Márcio Girão, diretor de inovação da Finep; Mario Neto Borges, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e Geórgia Pessoa, gerente de meio ambiente da Fundação Roberto Marinho.

Participaram do evento, a convite do INPI, estudantes da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), do Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/Cetiqt), do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), além de servidores do INPI.

Jovens cientistas

Abrindo a parte da manhã, Henrique Malvar, primeiro vencedor do Prêmio Jovem Cientista (1981), detentor de 119 patentes e atualmente cientista-chefe da Microsoft, falou para a plateia por meio de um vídeo gravado na sede da empresa nos Estados Unidos da América. Ele passou sua experiência como forma de incentivar os jovens e destacou a importância da pesquisa para o avanço da sociedade nos próximos anos.

Vencedora do Prêmio Jovem Cientista na categoria Estudante do Ensino Médio (2015), Joana de Pasquali criou uma fita, feita com filtro de café, que detecta substâncias tóxicas no leite. Sua ideia nasceu a partir da descoberta da fraude que adicionava formol no leite no Rio Grande do Sul. Já Raíssa Müller inventou um tipo de filtro que retira óleo e outras impurezas de rios e oceanos, o que lhe rendeu o reconhecimento da Universidade de Harvard como um dos cinco projetos selecionados para a iniciativa “Village to Raise a Child”.

Outro jovem preocupado com os impactos do meio ambiente na vida da sua comunidade foi Edivan Nascimento, primeiro colocado no Prêmio Jovem Cientista na categoria Nível Médio em 2013, com a invenção de um filtro de purificação de água com o uso de caroços de açaí. Seu objetivo foi resolver a questão de saúde da população ribeirinha que utilizava água sem qualquer tratamento.

Dedicada a entender o porquê de sua bisavó esquecer o nome das crianças da família, desde pequena a hoje nutricionista e doutora Bárbara Cardoso se dedicou a descobrir uma forma de utilizar os alimentos no combate ao mal de Alzheimer. Ela venceu o Prêmio Jovem Cientista em 2015 com a pesquisa sobre a relação entre o consumo de castanha do Brasil e a prevenção da doença.

Depois de muitos obstáculos, entre eles a falta de dinheiro, Lorrayne Isidoro contou sua trajetória para chegar à Olimpíada Internacional de Neurociência, que aconteceu em 2016, em Copenhague, na Dinamarca. Aluna de escola pública no Rio de Janeiro, ela estudou durante dois anos, inclusive lendo livros em inglês, com um dicionário ao lado, para ser a primeira representante brasileira na competição.

Com o “sonho” de levar a sua paixão pela ciência e astronomia a todas as pessoas, desde crianças a idosos, Cristian Westphal relatou como seu projeto de divulgar e incentivar o interesse e os estudos destas áreas no Brasil se tornou realidade. Hoje ele comanda o “Ciência e Astronomia”, canal com informações científicas na web.

Professores que inspiram

Na parte da tarde, o evento trouxe educadores que inovaram e impactaram o interesse de seus alunos. Clayton Meiji Ito, professor de matemática que lecionou nas Unidades de Internação de Adolescentes em Brasília, apresentou sua metodologia para inspirar a autoestima e a motivação de seus alunos, inclusive com o uso de atividades lúdicas.

Cândido Oswaldo Moura, também professor de matemática, desenvolveu com seus alunos do ensino fundamental o projeto de iniciação científica Ubatubasat, com o lançamento de um satélite incluído no programa de apoio aos satélites universitários da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Um estudo da tabela periódica a partir da análise da contaminação do Rio Doce, após o rompimento da barragem em Mariana, levou os alunos do professor Wemerson Nogueira a analisarem o impacto sócio-ambiental do desastre e desenvolverem um modelo de filtro que auxilia a limpeza da água.

A abertura do seminário teve a participação de Henrique Oliveira, diretor executivo do IDG – Instituto de Desenvolvimento, responsável pela gestão do Museu do Amanhã; Márcio Girão, diretor de inovação da Finep; Mario Neto Borges, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e Geórgia Pessoa, gerente de meio ambiente da Fundação Roberto Marinho.

Fonte: INPI