Pirataria de software causa prejuízo de R$ 1,1 bi em SP

Dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) revelam que o estado de São Paulo perdeu, em 2008, cerca de R$ 1,1 bilhão apenas em função da pirataria de software e é, atualmente, o primeiro com os maiores prejuízos.

De acordo com um estudo realizado pelo International Data Corporation (IDC), se a pirataria do setor fosse reduzida dos atuais 58% para 50%, a região geraria mais de 19,5 mil empregos diretos e indiretos, a indústria local de tecnologia teria um acréscimo no faturamento superior a R$ 1,6 bilhão e o estado obteria um aumento na arrecadação de impostos da ordem de R$ 261,4 milhões.

Para reverter esse cenário, o combate a essa prática ilegal tem sido bastante intenso. Em 2009 foram realizadas 662 operações em todo o país que resultaram na apreensão de 1.128 milhão de CDs piratas. “Sabemos que esse crime tem migrado fortemente para a Internet, portanto durante todo o ano desenvolvemos um trabalho intenso nesse meio também. Para se ter uma ideia, ao todo foram retirados do ar mais de 313 sites destinados à venda de produtos ilegais, além de 19,3 mil anúncios, um resultado 26% superior se comparado a 2008”, destaca Antônio Eduardo Mendes da Silva, coordenador do Grupo de Trabalho Antipirataria da ABES.

Além disso, as entidades computaram um total de 5,7 mil denúncias por e-mail e telefone que resultaram no envio de mais de 10,9 mil notificações — montante 251% acima do registrado em 2008. “O combate à pirataria corporativa foi outro grande alvo em 2009. Ao todo foram iniciadas 160 ações contra empresas que estavam com suas bases instaladas irregulares e que não quiseram legalizar a situação”, detalha.

“Os resultados obtidos no período refletem o intenso trabalho desenvolvido pelas iniciativas público e privada nos âmbitos repressivo, econômico e educacional. Este último pilar é fundamental, pois acreditamos que somente com a conscientização e o apoio da sociedade será possível acabar com esse crime que assola o país”, finaliza Mendes da Silva.

Fonte: Olhar Digital