Presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial fala sobre inovação e pesquisa em SC.

Rafael Martini – O senhor será o coordenador científico dos três congressos internacionais sobre inovação aberta, eficiência energética e pesquisa e desenvolvimento na Fiesc entre os dias 23 e 25, promovido pelo projeto Mais Ciência, da UFSC. Qual a expectativa para esta programação?

Luiz Otávio Pimentel – O evento conjunto tem o objetivo de promover a inovação de base tecnológica por meio da propriedade intelectual e da transferência de tecnologia, levando ao desenvolvimento e ao empreendedorismo nos âmbitos local, regional e nacional nas diversas áreas do conhecimento. O objetivo da inovação aberta é exatamente socializar a pesquisa desenvolvida na academia, permitindo que mais projetos sejam viabilizados pela iniciativa privada. Vamos discutir o marco regulatório do setor que passa pelo envolvimento dos pesquisadores, infraestrutura, laboratório e, claro, recursos financeiros.

RM – O senhor conhece bem a realidade da inovação e pesquisa em SC. Como estamos neste campo?

LP – Santa Catarina, e em especial Florianópolis, consolida-se cada vez mais com um dos principais polos de tecnologia da informação na América Latina. Temos grandes exemplos como o Sapiens Park, a Acate, Parque Alfa e o próprio trabalho desenvolvido na UFSC e pelas empresas com apoio da Fiesc. Na área de energia, por exemplo, também somos referência tanto em motores elétricos quanto em novas fontes renováveis. Santa Catarina, por exemplo, ocupa hoje o sexto lugar no número de pedidos de patentes apresentados ao INPI. Temos atualmente cerca de 240 mil processos de pedidos de patente em análise no INPI. Só no ano passado, Santa Catarina enviou 570 processos, o que é um número considerável.

Fonte: Diário Catarinense