Primeiro Selo Arte do Rio Grande do Sul é entregue a produtor de queijo artesanal serrano

O produtor de queijo artesanal serrano de São Francisco de Paula, José Luiz Marques Cardoso, recebeu, nesta sexta-feira (10), durante a 44ª Expointer, o Selo Arte das mãos da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. Ele é o primeiro do Rio Grande do Sul a conquistar o registro de produto artesanal junto à SEAPDR. A cerimônia ocorreu no Pavilhão da Agricultura Familiar e contou com a presença do secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, César Halum, entre outras autoridades.

A secretária Silvana disse que todos que visitam a Expointer não vão embora sem passar pelo Pavilhão da Agricultura Familiar. “Isso mostra a importância desse setor, do qual participam 90 mulheres e 45 jovens. O agronegócio é fundamental para os gaúchos e o Brasil, porque é responsável pelo alimento, pela renda e pelo emprego”.

A ministra Tereza Cristina afirmou que é bom ver todos com entusiasmo, mostrando seus produtos artesanais. “Quanto ao Selo Arte, ainda não estamos felizes. Queremos aperfeiçoá-lo, para que mais pessoas tenham acesso a ele. O Brasil deve assinar um acordo entre Mercosul e União Europeia e precisamos estar preparados para atingir esses mercados que pagam melhor”.

José Luiz Cardoso e a esposa Inez comemoram conquista do Selo Arte  Foto Fernando Dias SEAPDR
José Luiz Cardoso e a esposa Inez comemoram conquista do Selo Arte. Foto: Fernando Dias/SEAPDR

Para o produtor Cardoso, que recebeu o Selo Arte junto com a esposa Inez, a conquista vai valorizar mais ainda o trabalho da Queijaria Sopro do Minuano. “Já estamos em contato com Rio de Janeiro e São Paulo para vender nosso produto”, falou com alegria.

“Temos mais de um século de tradição. Nossos avós já faziam queijo, que era levado de cargueiro, em mulas, para ser vendido em outros vilarejos”, contou Cardoso. Segundo ele, o seu queijo é produzido com leite cru, de vaca de corte (criada em campo nativo), maturado por 60 dias, e leva só sal e coalho. “Produzimos cerca de 5 quilos de queijo por dia”, comentou.

Sobre o Selo Arte 

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Foto: Fernando Dias/SEAPDR

Definido pelo governo federal por meio da Portaria 9.918/2019, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Selo Arte garante que o produto é artesanal, emprega mão de obra familiar e leva em conta o saber fazer, a tradição e a geografia local. 

O decreto do Mapa autoriza que o selo seja concedido automaticamente nos estados onde existem leis específicas para produtos artesanais tradicionais regionais. E foi o caso do queijo artesanal serrano, que já tem lei estadual (14.973/2016), decreto que o regulamenta (54.199/2018) e instrução normativa específica (7/2014).

O queijo artesanal serrano tem coloração amarelada e é elaborado a partir de leite cru, com sabor e aroma acentuados. Ele foi o primeiro queijo do Brasil a receber, em março de 2020, uma Indicação Geográfica (IG) na modalidade Denominação de Origem (DO). Receberam certificados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) com o nome IG Campos de Cima da Serra 16 municípios do Rio Grande do Sul e 18 de Santa Catarina.

Cerimônia de Atos do Mapa

A ministra Tereza Cristina também assinou o Acordo de Cooperação Técnica do Programa Terra Brasil, com a Prefeitura Municipal de Canguçu (RS). Assinou o prefeito Marcus Vinícius Pegoraro; os contratos do Programa Nacional de Crédito Fundiário com o beneficiário Rodrigo Mulling Frank, de São Paulo das Missões (da Fetag/RS) e com o beneficiário Robinson Bernardi (da Emater/RS-Ascar); e a Portaria que regulamenta o Selo Arte para Produtos das Abelhas.


Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
Clipping: LDSOFT – Foto: Agricultura.rs.gov