Apple processa cantora de nome “Abacaxi” por “parecer demais” com maçã

Apple processou recentemente uma cantora independente, cujas músicas no Spotify têm apenas sete ouvintes por mês, apenas por causa de seu nome artístico. Segundo o The New York Times, Stephanie Carlisi, que como cantora assina como Franki Pineapple, recebeu da Justiça dos EUA uma ação alegando semelhança de seu codinome com o da Apple.

A empresa considerou até mesmo se opor ao logo de Carlisi, uma granada de abacaxi explodindo, de acordo com documentos. “Nem sequer é uma maçã”, disse Carlisi, de 46 anos, sobre seu sobrenome artístico (Pineapple é abacaxi em inglês). “Você está dizendo às pessoas que elas não podem se apropriar de frutas ou qualquer coisa que tenha essa conexão com a Apple, que é essa empresa gigantesca.”

Carlisi respondeu à Apple no tribunal e ganhou uma concessão. A empresa afirmou que pararia de persegui-la se ela incluísse uma isenção de responsabilidade em seu pedido de marca registrada, dizendo que Franki Pineapple não era seu nome real. É na verdade uma reverência ao seu falecido pai, Franki, e à fruta abacaxi, às vezes considerada como um símbolo feminista nos EUA.

Apesar de todo o imbróglio ter custado à cantora cerca de US$ 10 mil (R$ 51,1 mil), Carlisi diz ter usado a batalha legal como inspiração para seu primeiro single, “Fuck It Man!”.

Apple contra as marcas de maçãs

A reportagem do New York Times relembra também o histórico da Apple de processar diversas outras marcas que tentaram usar maçãs. Em 1989, processou oito; uma delas era para um varejista de eletrônicos que vendia peças de computador sob o nome de “Abacaxi”. Recentemente, duas vítimas nos tribunais foram a Appleton Area School District, um sistema de educação pública de 16 mil alunos em Appleton (EUA), que tem um logotipo de três maçãs entrelaçadas; e o Big Apple Curry, um blog de culinária indiana de Nova York.

Já ocorreu o contrário também. Em 1978, a Apple Corps, empresa fundada pelos Beatles, processou a Apple Computer por violação de marca registrada, uma briga que durou por várias décadas. Em 2007, as duas Apples finalmente concordaram em dar à empresa de tecnologia todas as marcas relacionadas a “Apple”.

The New York Times


Fonte e Imagem: Canaltech