INPI concede duas patentes de invenção à ENGIE

As invenções demostram a capacidade da companhia em gerar, além da energia, conhecimento e tecnologia, e comprovam a excelência do trabalho realizado pela área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

A ENGIE, maior produtora privada de energia elétrica do Brasil, acaba de conquistar duas patentes de invenção. Concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), são as duas primeiras obtidas pela companhia e foram conquistadas em um prazo de apenas quatro dias uma da outra. “As patentes demonstram a capacidade da empresa em gerar, além da energia, conhecimento e tecnologia, e comprovam também a excelência do trabalho realizado por meio dos projetos da área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)”, destaca o diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da ENGIE Brasil Energia, Guilherme Ferrari. Além dessas duas patentes concedidas, a ENGIE tem outras 10 em análise, também resultantes de projetos de P&D.

A primeira invenção consiste no desenvolvimento de sensores ópticos de temperatura a partir da tecnologia de Redes de Bragg. Esta tecnologia pode ser aplicada em diversos segmentos da indústria, sendo que no caso específico ela foi utilizada no sensoriamento de mancais e trocadores de calor. As fibras ópticas são conhecidas pela sua importância na comunicação de dados, mas também podem ser usadas como sensores de temperatura. Com a utilização de luz ultravioleta e espelhos especiais, a ENGIE conectou descobertas acadêmicas a necessidades industriais, “gravando” sensores de temperatura diretamente no núcleo de uma fibra óptica.

O protótipo foi instalado na Usina Hidrelétrica Salto Osório (UHSO), localizada no rio Iguaçu, no município de São Jorge d’Oeste (PR), e se mostrou eficiente em substituição aos sensores convencionais. Desenvolvida na fase de pesquisa aplicada, a descoberta tem o objetivo de demonstrar a viabilidade da aplicação da tecnologia nos processos industriais de geração de energia, e poderá ser replicada nas demais usinas da empresa após o desenvolvimento de um projeto “cabeça de série”, que visa aperfeiçoar o protótipo desenvolvido no primeiro projeto.

Desenvolvida em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a tecnologia traz diversas vantagens em comparação aos tradicionais sensores elétricos, entre elas a imunidade à interferência eletromagnética, passividade elétrica, multiplexação (possibilidade de agregar dezenas de sensores em uma mesma fibra óptica) e tamanho reduzido, o que possibilita a introdução do sensor diretamente na estrutura a ser monitorada, em uma técnica denominada “smart material”.

 Máquinas elétricas monitoradas por campo magnético externo

Já a segunda patente conquistada pela ENGIE foi para o projeto “Sistema e Método para Identificar Características de Uma Máquina Elétrica”. A invenção consiste em realizar a avaliação da condição de geradores elétricos por meio da análise do campo magnético externo, e se materializa em um equipamento chamado MagAnalyzer, que contempla um sistema e método não invasivo para identificar defeitos de natureza elétrica, magnética e mecânica – estabelecidos ou incipientes – em máquinas elétricas.

A invenção do MagAnalyzer, em parceria com a Itá Energética S.A. (Itasa) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), oferece grande benefício em sua capacidade de detecção de faltas incipientes, o que fortalece as estratégias de manutenção que se antecipam a falhas e desligamentos inesperados de geradores de energia elétrica.

Na Usina Hidrelétrica Itá e no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, há protótipos do equipamento instalados que já apresentam resultados, e uma versão comercial poderá ampliar o uso e gerar royalties para a empresa. Também há benefícios intangíveis, tais como proporcionar à ENGIE e à Itasa serem as pioneiras mundiais na aplicação desta nova técnica, tendo em seu parque gerador as primeiras máquinas elétricas de grande porte sendo monitoradas através do campo magnético externo.

Atualmente, trabalha-se no desenvolvimento do projeto “cabeça de série”, mas o objetivo é completar a trilha de desenvolvimento do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) até a etapa de inserção do produto no mercado. “São novas tecnologias que poderão ser instaladas em boa parte das 60 usinas de produção de energia da ENGIE, bem como poderão beneficiar e trazer soluções para o setor de energia como um todo”, avalia Ferrari.

Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento

Desde 1998, a ENGIE já investiu cerca de R$ 184 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, em mais de 190 projetos realizados com 35 organizações, incluindo universidades, centros de pesquisa e empresas.

O objetivo da área de P&D é contribuir para o desenvolvimento sustentável da companhia por meio de projetos voltados à eficiência operacional, novos produtos e serviços ou modelos de negócios. Para isso, a ENGIE colabora com ecossistemas de inovação aberta, buscando encontrar sinergias com suas diversas linhas de negócio. A empresa conta com uma plataforma online de chamadas para projetos e promove eventos anuais de inovação, visando se tornar cada vez mais reconhecida pelo seu trabalho de excelência.


Fonte: Engie | Clipping: LDSOFT
Foto: Google