Negociações de NFT caem 97% em relação ao começo do ano

Dentro do que parece ser um interminável “inverno cripto”, mais um dado vem se juntar aos maus resultados dos ativos digitais: segundo a Bloomberg, os volumes de negociação de tokens não fungíveis, conhecidos como NFTs, despencou 97% em relação ao seu pico histórico atingido em janeiro deste ano.

Constituídos por arte digital e colecionáveis registrados no blockchain, esses bens chegaram a apenas US$ 466 milhões (R$ 2,5 bilhões), conforme dados da plataforma Dune Analytics, contra os impressionantes US$ 17 bilhões (R$ 92 bilhões) observados no início de 2022.

O declínio da “febre” dos NFTs é apenas parte de um cenário sombrio que já consumiu cerca de US$ 2 trilhões (R$ 11 trilhões) do setor de criptomoedas, na esteira de políticas econômicas avessas a especulações financeiras. As estatísticas da Dune – fornecidas pelo analista conhecido como @hildobby – mostra cinco meses de declínio consecutivo nas negociações de NFTs.

A queda dos NFTs

Em agosto, a Footprint, plataforma de análises especializada em dados do blockchain, registrou que, “em meados de maio, o mercado de criptomoedas enfrentou desafios consideráveis e o mercado de NFT esfriou. O volume de negociação de NFT caiu de US$ 19,02 bilhões no primeiro trimestre para US$ 11,26 bilhões no segundo trimestre”.

Essa desaceleração fez com que a OpenSea, maior mercado norte-americano de NFTs, afundasse em negociações diárias absurdamente baixas. O volume total de negócios na plataforma em 26 de agosto foi de US$ 10,05 milhões, algo que não ocorria desde julho de 2021.

Tentando entender a retração de negócios, uma pesquisa realizada em 10 de junho passado pelo DEXterlab com 1318 pessoas revelou o que pode explicar os motivos, mas certamente não vai causa surpresa em ninguém. Dos entrevistados, 64,3% disseram que a principal razão para comprar NFTs era “ganhar dinheiro”. Alguém tinha dúvidas?

Fonte: Tecmundo Imagem: The Capital Advisor