Chesf conquista sua primeira patente internacional

A Chesf, subsidiária da Eletrobras, obteve a primeira patente a nível internacional sobre nova tecnologia utilizada em subestações. O “Aplicativo para Regulação e Paralelismo de Transformadores de Potência” teve o processo de proteção iniciado em nível nacional, em outubro de 2011, com pedido junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O sistema foi criado e desenvolvido, dentro do Programa de P&D+I da Empresa, pelo empregado Luciano Antonio Calmon Lisboa, engenheiro lotado na Diretoria de Engenharia e Construção.

A primeira concessão da patente ocorreu nos Estados Unidos e China, com a emissão da carta patente. A nível Internacional, a tramitação iniciou em outubro de 2012. Na Índia e na Organização Européia de Patentes, o processo já está em fase de exame técnico. Aqui, no Brasil, no INPI, o pedido também está na fase de exame técnico.

Segundo a empresa, o aplicativo executa função de extrema importância para o sistema elétrico, pois regula o nível de tensão que é entregue pela Chesf às concessionárias de energia, que por sua vez chega ao consumidor final. “A tecnologia consegue, automaticamente, aumentar ou diminuir a tensão onde o sistema está aplicado, mantendo sempre a tensão entre valores desejados às concessionárias de energia”, explica o criador da tecnologia.

Até 2010, o método em uso na companhia era composto de painéis, cabos de conexão no pátio e equipamentos diversos, demandando tempo para aquisição de equipamentos, testes em fábrica e implantação em campo. Hoje, a tecnologia é uma opção inovadora no mercado.

Luciano Calmon, percebendo o tempo e custo alocado no sistema de regulação da empresa, empenhou-se em buscar uma forma de diminuir o tempo e promover economia no processo da regulação e paralelismo.

Hoje, está em funcionamento em mais de 25 subestações de 500/230/138/69kV, utilizando equipamentos e software já disponíveis na subestação, trazendo uma economia/mês em torno de R$120 mil por subestação. A proteção foi estendida para o âmbito internacional por ser estratégica e ter elevada aplicação direta, visando a futuros licenciamentos para sua industrialização e comercialização por fornecedores do setor elétrico internacional.

Fonte: Canal Energia