Os países participantes da Cúpula da Organização das Nações Unidas sobre Biodiversidade fecharam ontem 72 acordos sobre o tema, que incluem a integração da biodiversidade em atividades produtivas e serviços, informaram as autoridades mexicanas neste domingo.
Cancún foi do último dia 4 até ontem palco da Conferência das Partes de Convênio sobre Diversidade Biológica (COP13) e seus dois protocolos, o de Cartagena – sobre segurança da biotecnologia (COP-MOP8) e o de Nagóia sobre acesso aos recursos genéticos (COP-MOP2). De acordo com a diretora da Divisão de Direito Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Elizabeth Mrema, 37 decisões para a aplicação do Convênio sobre a Diversidade Biológica (CBD) foram adotadas no encontro. Outras 20 estiveram emolduradas no Protocolo de Cartagena e as 15 restantes com o de Nagóia.
Em comunicado, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semarnat) do México afirmou que estes acordos abrangem temas como “polinizadores e segurança alimentar, proteção de ecossistemas e espécies em risco, poluição marinha e a mudança climática”. Além disso, foram tomadas decisões sobre aspectos complexos como avaliação de risco dos organismos vivos modificados, biologia sintética, informação de sequenciamentos digitais de recursos genéticos.
No roteiro traçado pelos mais de 6.500 delegados de 196 países que participaram do diálogo, também foi incluída a integração da biodiversidade nos setores agrícola, pesqueiro, florestal e turístico, para alcançar as metas estabelecidas em 2010 em Aichi, no Japão, e avançar na Agenda 2030 sobre Desenvolvimento Sustentável.
O titular da Semarnat, Rafael Pacchiano, que presidiu a Cúpula, pediu aos participantes ações para que “todos os países, especialmente os muito diversos, busquem sinergias com outros setores para reduzir as pressões das atividades humanas nos ecossistemas mais vulneráveis”.
As sedes para as próximas Conferências das Partes são Egito (COP 14), China (COP 15) e Turquia (COP 16).
Fonte: Terra
