Polícia do DF faz apreensão recorde de anabolizantes proibidos, falsificados e de uso restrito em feira

Ao todo, foram recolhidos 1.146 produtos injetáveis, comprimidos e suplementos. Três foram presos na Feira dos Importados, no SIA.

Policiais civis do Distrito Federal fizeram uma apreensão recorde de anabolizantes proibidos e irregulares nesta quarta-feira (25) na Feira dos Importados, no SIA. Ao todo, 1.146 produtos foram confiscados, entre injetáveis, comprimidos e suplementos alimentares. Três pessoas foram presas.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Mônica Ferreira, os lotes apreendidos incluíam substâncias de venda proibida no Brasil, sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também havia produtos que só podem ser vendidos com receita médica, mas eram comercializados livremente na feira.

“Geralmente, esse tipo de apreensão é pequena porque eles [traficantes] não andam com toda essa quantidade. Esse vendedor tem uma banca que foi desarticulada, e alugava armários em outra loja”, diz Ferreira. A carga foi avaliada em R$ 60 mil.

O caso é investigado pela Delegacia de Combate a Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPim). Segundo a Polícia Civil, os produtos que têm venda restrita no Brasil estavam expostos em uma banca, e os proibidos, guardados em dois depósitos a alguns metros de distância.

Ainda de acordo com os investigadores, um dos homens presos, de 25 anos, também participava da fabricação de anabolizantes falsos. Entre os materiais apreendidos, havia rótulos e frascos vazios. As embalagens eram preenchidas com óleo mineral ou de girassol – que não têm efeito – e vendidas com a promessa de ajudar no desenvolvimento muscular.

Comprimidos de zinco, normalmente vendidos como reforço imunológico e nutricional, também eram vendidos com rótulos de anabolizantes. Segundo a delegada, o preço cobrado era similar ao praticado por vendedores que contrabandeiam produtos originais pela fronteira com o Paraguai.

Identificado como o responsável pela banca, o homem de 25 anos foi preso em flagrante e vai responder por crime contra a saúde pública, relativo à falsificação de produtos e à venda de medicamentos sem registro. Ele pode pegar de 10 a 15 anos de prisão e, até a tarde desta quinta, seguia detido no Departamento de Polícia Especializada.

Os outros dois funcionários vão responder pelo mesmo crime, mas na modalidade culposa (sem intenção). Neste caso, a pena varia de 1 a 3 anos. Segundo a Polícia Civil, a dupla pagou fiança e vai responder ao processo em liberdade.

Fonte: G1