UFSJ registra patente de equipamento que separa sais presentes em amostras biológicas

A patente foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e garante o poder de explorar a tecnologia economicamente, de forma exclusiva, durante 20 anos.

A Universidade Federal de São João del Rei patenteou o “Equipamento para diálise de proteínas e macromoléculas para fins biotecnológicos”, usado para separar sais presentes em amostras biológicas. A patente foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

De acordo com o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UFSJ (PPGBiotec) da UFSJ, o projeto foi idealizado do pelo professor Alexsandro Sobreira Galdino. A proposta da categoria Patente de Invenção foi depositada em 2016 e recebeu contribuições dos então pós-doutorando Vinícius Valim Pereira, e o mestrando Wellington Jr. de Freitas Ferreira.

A patente foi concedida à proposta de desenvolver um equipamento capaz de inovar o sistema de separação de sais presentes em amostras biológicas usadas em estudos e/ou desenvolvimento de produtos biotecnológicos.

Para conservação, essas amostras permanecem imersas em soluções salinas e, no momento de serem utilizadas em alguma pesquisa, é necessário retirar o sal absorvido pelas moléculas para que retornem à composição original.

O processo atualmente é realizado manualmente, sendo exigidos ambientes de baixas temperaturas, com a utilização de câmaras frias ou sucessivos armazenamentos em geladeiras.

“Ao analisar as dificuldades e as diversas fases exigidas para efetuar a diálise de proteínas e macromoléculas, percebi a necessidade de desenvolver algo que solucionasse o problema. A tecnologia proposta irá garantir mais agilidade e precisão ao processo, sendo promissor para utilização na indústria”, destacou o professor Alexsandro Galdino.

O equipamento proposto automatiza esse método e detecta a concentração de sal da amostra ao injetar soluções solventes em número de vezes suficientes para que as moléculas atinjam a constituição original, adequada para uso.

Após ser outorgada, o INPI concede ao titular a propriedade da invenção em todo o território nacional, incluindo o poder de explorar a tecnologia economicamente, de forma exclusiva, durante 20 anos.

“A carta patente foi concedida e, a partir desse momento, é iniciada a busca por uma empresa parceira que queira desenvolver o equipamento com o objetivo de licenciar a tecnologia. Ao desenvolver o equipamento, parte do dinheiro oriundo desse licenciamento poderá retornar à UFSJ na forma de royalties”, completou.

O INPI é o órgão responsável pela concessão de patentes no país. Ao conceder uma patente, o Instituto atesta ao inventor a exclusividade de explorar aquele conhecimento de maneira comercial, protegendo a propriedade intelectual.


Fonte: G1 | Clipping: LDSOFT
Foto: Google