Unicamp monitora 434 empresas de alunos e professores

Instituição de Campinas é tida como referência em empreendedorismo entre as universidades nacionais Com foco em produção de patentes, relacionamento com empresas e a estruturação de um departamento dedicado à inovação, a Unicamp se transformou em uma década e meia de uma universidade forte cientificamente à principal referência acadêmica nacional de empreendedorismo.
Hoje, a instituição não para de falar das “Filhas da Unicamp”, um conjunto monitorado de 434 empresas que foram criadas por egressos da universidade(alunos e professores) e que faturam juntas R$ 3,3 bilhões ao ano, gerando 22 mil empregos, a maior parte deles de base tecnológica (que exigem formação em curso superior e salários mais altos).
“Estamos acompanhando essas empresas desde que criamos um portal para que elas se comuniquem conosco. A ideia é trazer esses empresários de volta para a universidade para conversar com nossos alunos sobre empreendedorismo, dar dicas e até oferecer oportunidades de emprego para nossa comunidade”, conta Milton Mori, diretor-executivo da Agência de Inovação da Unicamp. “Fizemos um levantamento recente e descobrimos quedos 128 mil alunos que já passaram pela universidade,temos ao menos 537 deles atuando como empreendedores”, destaca. Outro trunfo da instituição é a aposta em produção de patentes, que sempre alimenta a atenção das empresas sobre a comunidade de pesquisadores e alunos.Hoje, a Unicamp tem 1.006 patentes, colocando-se na liderança dentre as universidades brasileiras. “As empresas vêm até aqui e licenciam essas patentes.Hoje temos inovações nossas sendo comercialmente exploradas por companhias como, por exemplo, Whirlpool e Petrobrás”, diz o professor Mori.
Incubadora. Para as startups, um dos atrativos em se aproximar da Unicamp é participar da incubadora instalada dentro da agência de inovação da instituição,a Inova.De lá saíram negócios como a Movile,donade aplicativos como PlayKids e Ifood, fundada por Fabricio Bloisi.Ou como a GriauleBiometrics,que fornece a tecnologia para identificação biométrica empregada durante as eleições brasileiras.
Fundada por IronDaher, a Griaule s emudou deGoiânia para Campinas em 2002 para ser incubado pela Unicamp. A mudança foidecisiva para a empresa que hoje fatura R$ 10 milhões ao ano para focar nas pesquisas e no desenvolvimento de componentes dos softwares. “As instituições precisam abrir as portas para pessoas que querem abrir
um negócio.O meio acadêmico é excelente pra isso”, diz Eduardo Félix, diretor de pesquisa da empresa e ex-aluno da Unicamp. A empresa tem contrato com bancos, como a Caixa, onde desenvolveram o sistema de autenticaçãodos beneficiários de programas sociais, como bolsa família, e a fundação Casa.
RioeSão Paulo. Outros movimentos,ainda tímidos, também são vistos em universidades voltadas a negócios e tecnologia deSão Pauloedo RiodeJaneiro. Na capital paulista, instituições como Fiap, Insper. ESPM e FGV têm hoje departamentos  de em
abpi.empauta.com Brasília, 26 de outubro de 2016 O Estado de S. Paulo | BR Patentes
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preendedorismo integrados com os cursos oferecidos. Na Fiap, por exemplo, os professores trocaram a monografia a presenta da comotrabalho de conclusão de curso por um plano de negócio de uma startup. Os dez melhores projetos, escolhidos por uma banca de professores, são apresentados em forma de pitch parajur adosdomercado eoganhadorganhauma bolsanaUniversidade Babson College,nos EUA.
No Insper, os coordenadores formaram uma rede de mentores com ex-alunos empreendedores e, na ES
PM, a instituição planeja lançar um fundo de investimento, que completaria a iniciativa já em vigor de uma aceleradora de startups.
Satisfação . Encomendada pela Endeavor e pelo Sebrae, a pesquisa de empreendedorismo mostrou que apenas 36%dos alunos acreditam que as salas de aula satisfaçam suas necessidades sobre a estruturação e condução de empresas. RJ. e V.

Fonte: http://www.estadao.com.br/