Dez anos de Enapid: as mudanças no cenário mundial da inovação

O V Encontro Acadêmico de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento (Enapid), realizado em 2012 no Rio de Janeiro, foi iniciado com uma instigante discussão sobre o relatório “The Changing Face of Innovation”, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O documento apontava as mudanças na geografia da inovação no mundo, com a proeminência de países de renda média, como a China.

– O relatório indicava o início de uma leve redução do gap tecnológico. Também destacava que a inovação passava a ter aspectos não tecnológicos, como a inovação em logística, marketing e design. Os investimentos em ativos intangíveis começavam a aumentar em relação aos tangíveis. A partir desse estudo, discutimos no Enapid o papel do conhecimento como fonte de valor para a inovação e a propriedade industrial como forma de aproveitamento desse valor – lembra Araken Alves, professor e, na época, coordenador-geral da Academia do INPI.

Segundo ele, naquele momento, se verificava o início do movimento de internacionalização do processo inovação, com as multinacionais criando estruturas de pesquisa e desenvolvimento nos países de renda média. Ao mesmo tempo, a propriedade industrial começava a aparecer como fator estratégico para as firmas e as políticas públicas.

Também foi destaque na quinta edição do Enapid a participação de Fernanda De Negri, representando o Ministério da Ciência e Tecnologia,  que falou sobre a Pesquisa de Inovação (Pintec), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mesa redonda “Propriedade Intelectual e a Era Digital” também é ressaltada por Araken Alves. O advogado Claudio Vasconcelos comentou dados sobre três indústrias relevantes no tema, as de hardware, software e conteúdo, oferecendo uma perspectiva diferente sobre o assunto.

Em 2017, o Enapid chega a sua 10ª edição, que acontecerá de 19 a 21 de setembro, no Rio de Janeiro, com a presença de estudantes e especialistas de diferentes estados brasileiros.

Fonte: INPI