O que a campanha de Donald Trump propõe para o mundo digital

Com a vitória de Donald Trump nas eleições para presidente dos Estados Unidos, os sites estadunidenses começaram a se indagar sobre as questões de segurança cibernética e criptografia. O recente presidente eleito e sua equipe de campanha comentaram pouco sobre esses detalhes, mas ao que parece, algumas coisas sobre o funcionamento da internet do país irá mudar, de acordo com o Ars Technica. Durante os debates presidenciais, Trump anunciou um plano de segurança cibernética.

O candidato diz que a iniciativa será algo como uma “revisão imediata de todas as defesas e vulnerabilidades cibernéticas dos EUA, incluindo infra-estrutura crítica”. Tudo isso será realizado por uma equipe de indivíduos do poder legislativo, militares e pesquisadores do setor privado Cyber Review. Outro fator que poderá ser afetado no início de sua administração é a neutralidade da rede. Em 2014, Donald Trump declarou que era contra a neutralidade e disse que iria suspender algumas das regulações implementadas no governo de Barack Obama.

Além de querer “fechar a internet” para prevenir ataques do Estado Islâmico, Trump já disse ser contra empresas decodificarem seus produtos. Ele citou como exemplo o caso do iPhone da Apple, que não desbloqueou o dispositivo no caso de San Bernadino porque fazia parte da política de privacidade e decodificação da companhia (relembre aqui).

Uma das medidas do candidato também envolve o mundo cibernético e influencia a Propriedade intelectual. Ele espera “melhorar a Propriedade Intelectual dos Estados Unidos na China”. Isso significa, para Trump, produzir mais de 2 milhões de ofertas de emprego nos Estados Unidos, já que o republicano culpou a China de “roubar maior parte da propriedade intelectual dos EUA”. Apesar das acusações, ele não falou em detalhes como faria essa melhoria.

Donald Trump não tornou públicas suas políticas sobre direitos autorais ou patentes, já que falou pouco sobre o assunto. Mas supõe-se que ele tenha afinidade com a indústria do entretenimento, podendo ter uma visão mais conservadora de direitos autorais.

De qualquer forma, o mundo virtual ainda aguarda posições oficiais do novo Governo dos Estados Unidos sobre a internet.

Fonte: Adrenaline